Abaixo iremos listar alguns dos mitos mais clássicos acerca da Incontinência Urinária, bem como o que hoje já entendemos que é verdade. Confira!
Conhecida pela população leiga como a causadora de infecções de urina após pisar sobre qualquer superfície gelada, a dita "friagem": isso é um mito.
O que acontece é que algumas pessoas que sofrem de incontinência urinária por urgência (bexiga hiperativa), tem a bexiga estimulada por essa situação; situação que também pode ocorrer muitas vezes por molhar as mãos ou beber um copo de água gelado por exemplo.
Isso é um mito.
Existe uma combinação de vários fatores que levam um individuo a perder urina e dentre eles está a menopausa, estresse, problemas de saúde, infecções, dentre outros; que faz com que a mucosa uretral (a parte de dentro da uretra) fique adelgaçada (mais fina) e perca sua função de selo, pois ela é responsável pelo fechamento "passivo" da uretra. Entenda melhor!
Também um mito.
Infecções urinárias podem desencadear contrações involuntárias da bexiga, aquelas que ocorrem sem aviso; isso faz com que o individuo perca urina.
Feito o tratamento da infecção, está sanado o problema.
Mais um mito.
A "bexiga caída", que é conhecida pelos médicos como cistocele, pode cursar ou não com incontinência urinária.
Muitas vezes o problema não está no mau posicionamento na bexiga e sim nos ligamentos que sustentam a uretra (canal por onde a urina sai) ou no sistema de inervação da bexiga (a bexiga pode "disparar" inconscientemente).
Veja por exemplo, muitas mulheres não têm bexiga caída e perdem urina.
Mito.
A perineoplastia (que é uma cirurgia plástica do períneo e da vagina) é utilizada na sua maior parte para correção de traumas nesta região, em sua maioria causada por partos traumáticos.
Esta técnica cirúrgica foi utilizada por muito tempo, como sendo a única opção (entre os ginecologistas) para tratar Incontinência.
Hoje em dia esta técnica não está totalmente abandonada, mas existem outras técnicas cirúrgicas, muito menos agressivas (para a paciente) que resolvem o problema, como as cirurgias de Sling (ou de alça).
O exame de urina mostra se existem infecções na bexiga e também nos dá uma ideia do funcionamento dos rins, não serve para classificar a incontinência urinária.
Para isso existe um exame bem específico que se chama "Estudo Urodinâmico" que é considerado o "padrão-ouro".
Sim, fazer exercícios físicos, como musculação, previne a Incontinência Urinária.
Se o exercício for orientado por profissional especializado e realizado com pesos adequados, haverá reforço de toda a musculatura pélvica e isso pode sim prevenir incontinência.
Em contrapartida, se estes cuidados não forem seguidos você pode apresentar lesões nervosas e musculares na região perineal e desenvolver incontinência urinária.
Realmente é verdade.
Existem trabalhos que comparam a incidência de incontinência urinária entre mulheres que já gestaram versus mulheres que nunca gestaram; chegou-se a conclusão que a gestação é um fator de risco para incontinência urinária, independente da via de parto e número de filhos.
Pessoas com obesidade perdem urina mais facilmente do que as "magrinhas", isso é uma verdade.
A obesidade é um fator de risco para a incontinência urinária, pois aumenta a pressão intra-abdominal, forçando de maneira exagerada as vísceras contra a pelve; por isso, muitas vezes é orientado a perda de peso como tratamento em conjunto a cirurgia.
Indivíduos com o intestino preso perdem urina mais facilmente do que as que evacuam adequadamente.
Pelo mesmo motivo citado anteriormente, o aumento da pressão intra-abdominal aumenta esse risco. No geral é orientado aos pacientes que mudem seus hábitos alimentares, aumentem a ingestão de fibras e sempre evacuem "quando sentir vontade", e não somente em casa.
Isso é verdade e ocorre por duas situações: a primeira e mais óbvia é pelo aumento do útero que "aperta a bexiga" e diminui sua complacência (capacidade de distensão da bexiga).
Além disso, ocorre a produção exagerada de um hormônio durante a gestação chamado progesterona que aumenta a chance e infecção urinária nesse período, que pode ser responsável por episódios de incontinência de urgência.
Isso é uma verdade.
O controle inadequado do diabetes leva a uma produção exagerada de urina, que é fator de risco para incontinência urinária e também pode ocasionar lesões na inervação da bexiga, fazendo com que ela perca sua capacidade de contrair. Isso faz com que a bexiga encha de maneira exagerada e ocorre perda urinária por transbordamento (os médicos chamam essa doença de bexiga neurogênica).
Essa situação ocorre com bem mais frequência do que nós imaginamos.
Muitas pessoas têm o hábito de reter urina por muito tempo, seja durante o trabalho ou por vergonha de urinar fora de casa (o que é comum). Com o passar do tempo pode haver lesões na própria inervação da bexiga e levar a paciente a não mais conseguir urinar adequadamente.
Verdade.
Sabemos que na infância, 85% das crianças devem apresentar a capacidade de "segurar" a urina até os 5 anos de idade, se isso não ocorre as mães devem esclarecer suas dúvidas com o pediatra, que saberá dar a melhor conduta.
Já na adolescência é muito comuns casos de desordens psicológicas, ou situações de agressão física e até estupro, que podem ser responsáveis pela incontinência urinária.
Referências:
Incontinência Urinária
O que é?
Estima-se que entre 15% a 30% das pessoas acima de 60 anos que vivem em ambiente domiciliar apresentem algum grau de incontinência.
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Incontinência Urinária
Entenda Melhor
Estima-se que entre 15% a 30% das pessoas acima de 60 anos que vivem em ambiente domiciliar apresentem algum grau de incontinência.
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